Mau tempo prejudica festejos de Santa Bebiana

A chuva foi a visita indesejada que inviabilizou algumas actividades dos festejos de Santa Bebiana. Mau tempo e um circuito muito disperso provocaram o descontentamento de alguns, mas as tasquinhas, os expositores, a animação dos grupos salvaram a festa, que teve na procissão e no sermão o seu apogeu, tendo conseguido mobilizar uma verdadeira multidão para o Largo da Praça.
Durante três dias o propósito era transfigurar a vila fazendo-a viajar no tempo e “ encarnar” a vida quotidiana do inicio do século passado, através da Festa da Santa Bebiana e do Arraial à Moda Antiga, só que São Pedro, recusou-se a participar e mais do que isso só permitiu a viagem com condições climatéricas verdadeiramente adversas. Na verdade, a adesão a uma tradição que estava presente na memória popular mas parada no tempo, é a certeza de que os festejos de Santa Bebiana, têm potencial para continuarem a crescer, até porque a edição deste ano apesar do mau tempo, principalmente, no sábado dia em que decorreu a procissão e o sermão teve uma presença massiva de pessoas oriundas de várias regiões e até da vizinha Espanha.
Mas tudo começou na sexta-feira 4 de Dezembro, com a arruada do Grupo de Bombos da Casa do Povo do Paul, abertura das tasquinhas e recepção à Santa Bebiana. A animação do circuito onde estavam colocadas as tasquinhas e os artesãos este ano com maior dimensão esteve a cargo nesta noite dos Zabumbas da Casa do Povo do Paul, Nem Fun Nem Fá, entre outros.
De facto, um circuito distribuído por várias ruas com tasquinhas e artesãos dispersos pelas mesmas criou uma sensação de vazio e desagregação do ambiente que esta festa criou em edições anteriores, aliás, esta era uma das críticas que se ouvia este ano, “ há mais tasquinhas mas estão muito longe uma das outras e os artesãos também estão dispersos por aqui e acolá, assim fica tudo desligado e não resulta tão bem”. Argumentavam alguns populares e participantes.
Sermão e encenação hilariantes
No sábado 5, a chuva miudinha mas persistente fazia temer que as actividades mais importantes ficassem em risco mas “os devotos de Santa Bebiana” não faltaram à chamada e, provavelmente, assistiu-se à maior procissão e à maior enchente no Largo da Praça, desde que a festa ganhou este novo contorno.
Depois da abertura das tasquinhas com alguma animação mais dentro delas do que na rua, o grande momento estava reservado para a Procissão da Santa Bebiana, animada com rezas bem regadas ( com vinho e água), preludio para o Sermão no Largo da Praça com pregador de fora abrilhantado pelas “Cantadeiras de hábito…” como sempre à frente o estandarte, logo seguido pelos confrades todos de archote em punho. O cortejo contava ainda com outros elementos que faziam soltar as gargalhadas dos populares, o burro atrelado à carroça é sempre “ assediado” pelos mais sequiosos, ou ele não levasse uma pipa de vinho (oferta da Adega da Covilhã), os “crentes” devidamente trajados com a “opa de serapilheira” e sempre atentos à “pregação” do orador, que não se furtava a esforços para os motivar ia apregoando o “ Salmo Responsavariado”,conseguindo que a chuva “ molha parvos” não interferisse na boa disposição dos crentes. O pregador e outras figuras proeminentes acoitavam-se num “majestoso” palium feito também de serapilheira, reforçando o quadro de protagonistas deste cerimonial pagão.
Já quanto ao “sermão” foi muito intenso e de grande fervor, com momentos verdadeiramente hilariantes este ano com a particularidade de ter “interludios” musicais com as Cantadeiras da Santa Bebiana. Terminado o grande “ sermão” aos poucos a animação ganhou fôlego, a boa jeropiga mais cedo ou mais tarde animou a rapaziada, os petiscos sabiam melhor do que nunca, a musica lá se ia ouvindo através dos grupos, com a Fanfarra Sacabuxa a fazer a diferença e a noite fazer-se dia para os mais resistentes.
No domingo, 6 o tempo ainda piorou mais e as actividades foram canceladas, contudo, algumas tasquinhas e artesãos abriram os seus espaços e os grupos musicais animaram estes espaços mas pouco mais aconteceu.
Quem esteve pela primeira vez a participar na Festa da Santa Bebiana, foi uma representação da Escola de Hotelaria e Turismo do Fundão, “ esta foi uma boa experiencia e os alunos adoraram estar aqui. O nosso grande objectivo é por um lado divulgarmos a escola, enquanto por outro, queremos inserir os alunos nestes ambiente da tradição popular e cultural. Fica a vontade de voltar para o ano, até porque, a sopa à lavrador, feijoca à pastor, pasteis, moelas rissóis bifanas e muitos outras ofertas saíram bem e estiveram dentro das nossas expectativas”. Confidenciou o chefe Pedro Rito.
Vontade de voltar renovada
Já para outros artesãos e proprietários de tasquinhas o fim-de-semana chuvoso prejudicou o negócio e o desalento estava estampado nos seus rostos, mas admitiam que a especificidade desta festa é única e vale sempre a pena. Objectivamente, para poucos terá valido mesmo a pena, até porque com animação própria dentro das suas tasquinhas antes do horário de fecho diário do evento, desrespeitaram o regulamento da Casa do Povo do Paul, responsável da animação, ganhando assim à concorrência prejudicada por esta atitude, mas no compito geral o balanço foi positivo tal como adiantou a presidente da Direcção da Casa do Povo local, “ não mandamos no São Pedro, por isso este tempo gorou um bocado as nossas expectativas, mas este evento tem pernas para andar e é já hoje seguramente o grande cartaz turístico e cultural desta freguesia e da região. As entidades competentes tem de apoiar mais esta iniciativa se quiserem que ela continue e não volte a perder-se. Apesar de tudo faço um balanço positivo” Asseverou Leonor Narciso.
Recorde-se entretanto que, a organização a cargo da Casa do Povo do Paul, contou com os apoios da Câmara Municipal da Covilhã, Junta de Freguesia do Paul, Inatel, Instituto Português da Juventude, Agrupamento de Escolas Entre-Ribeiras Paul, Rádio Cova da Beira e com as pessoas que cederam gratuitamente os seus espaços para ali montarem as vendas dos artesãos e das tasquinhas.
( "Fonte Inforpaulense")










Santa Bebiana promete animar as ruas da vila

Cortejos temáticos, danças serranas e folguedos ao som das gaitas e outros instrumentos, procissão monumental seguida de sermão no Largo da Praça com pregador, artesanato, tasquinhas e grande animação de vários grupos, são entre muitos outros, os aliciantes da mais uma edição dos festejos à Santa Bebiana, que vão ter lugar nos dias 4, 5 e 6 de Dezembro/09.
Outrora festejada por pastores e agricultores, durante o mês de Dezembro, a Santa Bebiana durante anos esteve na memória colectiva mas não se festejava estando quase a cair no esquecimento.
Nos últimos anos a dimensão e projecção da Festa da Santa Bebiana ganhou novos contornos e durante três dias as ruas centrais da vila transfiguram-se, viajam no tempo, acolhem os “ devotos” e as diversas iniciativas desta “ sui generis” festa.
De facto, a escassez de registos quase inexistentes sobre este evento, não permitem uma leitura segura sobre a forma como era comemorada, todavia, pela avaliação do que dizem os mais idosos, infere-se que os pastores andavam com o gado nos vales do Paul e arredores, colocando os chocalhos na cintura e juntos com os ganhões festejavam junto às pipas de vinho, esta profecia. Após a ronda por todos os pipos, faziam uma grande ceia, onde o mais atrevido pregava o sermão para os “irmãos” e rezava-se o Pai-nosso dos Bêbedos.
Muita animação
Cumprindo com seu desiderato cultural, a Casa do Povo do Paul, em boa hora meteu ombros à tarefa de recuperar esta tradição e nos últimos anos tem sido a responsável pela realização desta iniciativa já hoje uma referência obrigatória no calendário cultural da freguesia e do concelho.
A edição deste ano promete ainda mais animação e um programa de encher o olho. Logo na sexta-feira 4 de Dezembro pelas 21 horas -Abertura das tasquinhas e recepção à Santa Bebiana, seguindo-se uma arruada com bombos, gaitas e fanfarras. A animação do circuito onde estão colocadas as tasquinhas e os artesãos está a cargo nesta noite dos Zabumbas da Casa do Povo do Paul, Nem Fun Nem Fá, Míscaros, Dedo Mindinho e Sons da Suévia.
No sábado 5, a oferta sobe a parada com a abertura das tasquinhas para as 15 horas com a respectiva animação de rua, contudo, o grande momento está reservado para as 21 horas com a Procissão da Santa Bebiana com archotes, estandartes e a carroça do vinho….Animada com rezas bem regadas, preludio para o Sermão no Largo da Praça com pregador de fora abrilhantado pelas “Cantadeiras de hábito…” é claro que a musica, a boa jeropiga que mais cedo ou mais tarde anima a rapaziada e de que maneira e os petiscos ganharão um novo fôlego logo que terminar o sermão, sendo que, a animação de rua e nas tasquinhas é com os Foliões da Festa: Fanfarra Sacabuxa, Míscaros, Dedo Mindinho, Foles da Beira, Fonte da Pipa e Sons da Suévia.
Mas voltemos à procissão e ao sermão momentos impares destes festejos. O quadro da procissão é invulgar, transgressor, surrealista. À frente o estandarte, logo seguido pelos confrades todos de archote em punho. O cortejo tem ainda na sua composição outros elementos que fazem soltar as gargalhadas dos populares, contudo, uma das figuras de proa costuma ser o burro atrelado à carroça transportando um pipo de vinho com o objectivo de saciar a sede dos populares e dos “crentes” devidamente trajados com a “opa de serapilheira” e sempre atentos à “pregação” do orador que se acoita num “majestoso” palium feito também de serapilheira.
Já quanto ao “sermão” é muito intenso e de grande fervor, com momentos verdadeiramente hilariantes este ano com a particularidade de ter momentos musicais com as Cantadeiras da Santa Bebiana. Imperdível.
Retratar fielmente o arraial antigo
A festa continua pelas 15 horas, no domingo 6, com a abertura das tasquinhas e dos espaços do artesanato que este ano já ultrapassam três dezenas, (recorde-se que começou por haver meia dúzia) seguindo-se meia hora mais tarde a arruada pelas ruas com: bombos, gaitas e adufes da Casa do Povo do Paul, Míscaros, Foles da Beira, Fonte da Pipa, Sons da Suévia e Rancho Folclórico da Boidobra, sendo que o rancho da Boidobra, irá logo que terminar a arruda animar os Jogos Tradicionais nos “Largos” da Festa. À noite haverá tempo para os “ cantares ao desafio, baile mandado e animação com os foliões da Santa Bebiana.
Entretanto, a organização a cargo da Casa do Povo do Paul, que conta com alguns apoios, nomeadamente: Câmara Municipal da Covilhã, Junta de Freguesia do Paul, Inatel, Instituto Português da Juventude, Agrupamento de Escolas Entre-Ribeiras Paul e Rádio Cova da Beira, apela às pessoas que venham festejar a padroeira do vinho, mas sugere que vão ao baú das roupas e procurem vestir-se como antigamente faziam as gerações que nos antecederam, visando o objectivo de revisitar a tradição e simultaneamente dar uma imagem colectiva de arraial antigo o mais perto da realidade que pretende retratar.
( "Fonte Inforpaulense")

Fazer um bom vinho também é uma arte

Porque é que o vinho fica a azedo, fiadeiro ou gorduroso? Qual é o melhor procedimento para fazer um bom vinho? Foram, entre outras, questões que o público colocou ao Enólogo João Ferraz, a quem coube a tarefa de fazer uma prelecção sobre esta temática e satisfazer a curiosidade de alguns produtores de vinho do Paul e de outras freguesias circunvizinhas.
Com efeito ,no âmbito da programação dos festejos de Santa Bebiana, que vão ter lugar de 4 a 6 de Dezembro/09 e dando cumprimento à preocupação de promover uma abordagem sobre a temática do vinho mais pedagógica, a Casa do Povo local levou a efeito na noite de sábado, dia 21 de Novembro /09 um colóquio na Casa Típica do Paul, designado “ Como fazer bom vinho”.
Os mais interessados na matéria discutiram durante todo o serão as formas como fazem a sua produção caseira de vinho, verificando-se em alguns casos práticas menos correctas face ao procedimento científico aqui defendido pelo palestrante.
Terminada a palestra seguiu-se a prova e análise sensorial dos que para o efeito vieram munidos de uma garrafa de vinho da sua produção, testando e comparando assim a sua qualidade com outros.
Tratou-se de uma iniciativa, que abriu novas perspectivas ao vinho produzido na região e em particular na vila do Paul, tal como referiu o João Ferraz, “ houve uma boa adesão e acima de tudo os que estiveram estavam motivados para aprender as boas práticas e alterar as castas por outras de qualidade superior. Conseguir ao fim de tantas gerações que esta gente com o saber adquirido pela experiência reconheça que é necessário alterar este estado de coisas, se quisermos uma vinha e um vinho de qualidade em termos de futuro, já é muito bom”. Garantiu este enólogo.
Na verdade, as questões técnicas que vieram à coação foram uma mais valia para o conhecimento empírico dos produtores presentes que a avaliar pelo interesse demonstrado estão receptivos a outros ensinamentos tal como refere este técnico, “ penso que é possível fazermos aqui três ou quatro sessões de esclarecimento e assim sensibilizar esta gente para novos procedimentos se quiserem obter um vinho melhor. Mudar as práticas e as castas é o caminho para atingir este objectivo. Mas parece-me que esta iniciativa saldou-se como êxito que é preciso repetir”. Asseverou João Ferraz.
Quem estava na assistência sempre com um olhar compenetrado era um homem que sabe de vinhos e que ainda assim gostou do que ouviu, “ muitos dos truques e conselhos que aqui foram dados eu já os conhecia, mas gostei de passar este serão na Casa Típica do Paul e sempre se aprende alguma coisa”. Afirmou convicto José Gravito.
Para António José Duarte, um dos organizadores do colóquio apesar do público ter por vezes entrado em diálogo, prejudicando um pouco a exposição do enólogo valeu a pena, “ a Casa do Povo do Paul, é a primeira vez que organiza um colóquio com esta temática, mas a receptividade foi boa por isso estamos satisfeitos com os resultados obtidos. O Paul já teve bom vinho, mas aos poucos essa qualidade foi-se perdendo, está na hora de todos darmos volta a esta situação e este colóquio deu um bom contributo nesse sentido”. Enfatizou este dirigente.
Na verdade o serão foi bem agradável até porque, para uma boa pinga, é necessário um bom acompanhamento e sendo assim os enchidos e o queijo da região ajudaram a degustar os vinhos que estiveram à prova no colóquio onde se aprendeu como fazer um bom vinho.

Aldeias transmontanas preservam tradições e os burros

O Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul, na aldeia de São Joanico, bem no interior do Nordeste Transmontano, animou um magusto. Música e castanhas foram os ingredientes do serão passado nesta aldeia trasmontana. Na manhã seguinte os beirões andaram de burro até à aldeia de Paradela.
Preservar o sabor da tradição e a raça asinina com particular incidência no Burro de Miranda, são objectivos da Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino, promotora d0 magusto musical. A Região de Trás-os-Montes e Alto Douro, na qual se insere o Nordeste Transmontano, oferece excelentes motivos para uma visita para quem quer mergulhar no Portugal profundo, deslumbrar-se com as paisagens agrestes e sentir a hospitalidade de pessoas genuínas.Mas no Planalto Mirandês (Miranda do Douro) espera-o uma recepção especial, pois a Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA) e o burro de Miranda têm um programa de actividades para partilhar consigo, família e amigos respectivamente. Na verdade esta associação sem fins lucrativos fundada a 9 de Maio de 2001, tem por objecto social a protecção e promoção do Gado Asinino, em particular a raça autóctone de asininos das Terras de Miranda – Burro de Miranda. Para conseguir a prossecução deste objectivo central a AEPGA reúne criadores e admiradores deste gado e contribui para o melhoramento genético e criação de um conjunto de animais de características semelhantes, que actualmente sobrevive no Planalto Mirandês, representando a primeira raça autóctone de asininos de Portugal.
A luta pela preservação de um património genético, ecológico e cultural único no nosso país, tendo neste momento em funcionamento três centros vocacionados para actividades específicas, onde se encontram alojados cerca de cento e dez burros pertencentes à Associação, é um nobre desígnio dos seus jovens dirigentes, que promovem durante o ano diversas actividades culturais sempre com passeios de burro associados às iniciativas, revalorizando a imagem do Burro a nível nacional, particularmente do Burro de Miranda.
Preservar os burros e tradição
Foi neste contexto que, a iniciativa “l Brano de San Martino”decorreu nas aldeias de Serapicos, São Joanico e Paradela com cinema, almoços campestres e jantares micológicos, passeios de burro, oficinas Outono, magusto e arraial tradicional com a participação do Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul.
De facto, o grupo beirão na aldeia de São Joanico, perto de Vimioso, na noite em que Portugal jogava o primeiro jogo para obter o passaporte para o Mundial de Futebol de 2010, teve a incumbência de mostrar um pouco da sua cultura aos transmontanos que gradualmente foram interagindo com rancho do Paul, a fazer valer o som característico dos bombos, das gaita e adufes e a conseguir animar o serão sempre com o aconchego do calor da fogueira.Já noite ia um pouco adiantada quando São Pedro, anunciou a sua presença com uma chuva miudinha mas persistente que obrigou a transferir a festa para dentro do café da aldeia transmontana, palco de uma verdadeira jornada de confraternização entre beirões, trasmontanos e alguns espanhóis que marcaram presença na iniciativa.
A comitiva beirã depois de pernoitar num Centro de Juventude da região, na manhã seguinte na aldeia da Paradela, antes do almoço fez uma longa caminhada até à capela de São Martinico.
Os burros já estavam prontos neste local onde a comunhão do homem com a natureza é perfeita e a música das gaitas soava melhor no alto do monte quando começou a anunciar o regresso até à aldeia de Paradela, desta vez com muitos beirões montados nos famosos burros mirandeses. Uma experiencia diferente, mas marcadamente cultural até porque muitos jovens não conheciam as virtudes deste animal que ainda hoje é utilizado pelas populações locais, como meio de transporte, animal de carga e nos diversos trabalhos agrícolas, surgindo como elemento central na paisagem agreste e simultaneamente bela que caracteriza esta região do país.
Troca de saberes aproxima regiões
Para Joana Braga, a presidente da AEPGA, este intercâmbio cultural foi uma experiencia positiva, “ o Burro de Miranda neste momento simboliza toda a cultura os valores naturais desta região, o nosso objectivo ao organizarmos este tipo de iniciativa onde se insere o magusto musical, é divulgarmos o nosso trabalho e simultaneamente mostrarmos a quem nos visita as mais-valias culturais e patrimoniais do Planalto de Miranda”. Esclarece esta jovem dirigente que acrescenta,” a vinda do grupo do Paul é muito importante para mostrar às pessoas daqui projectos diferentes de associações de meios mais urbanos, até porque, a troca de saberes tradicionais, da cultura musical, até da gastronomia enriquece ambas as partes e aproxima as regiões, isto por um lado, enquanto por outro é igualmente importante que quem nos visita possa divulgar todo este trabalho que gira em torno da preservação do Burro de Miranda e revalorizar um modelo de aproveitamento socio-económico que respeite e preserve o riquíssimo património cultural e natural da região do Nordeste Transmontano”. Assegurou Joana Braga.Importa ainda referir que a familiaridade e a hospitalidade que se encontram por estas terras do Nordeste Transmontano são um traço inconfundível e são sentimentos que não são fáceis de encontrar nos tempos que correm. Agora, no mundo, a individualidade é emergente e há pouca solidariedade com o meio ambiente, os animais, as tradições e a ruralidade, ao invés do que AEPGA defende e materializa.

Colóquio " Como Fazer Bom Vinho" na programação da Santa Bebiana

A expectativa cresce em torno do acontecimento, que anualmente no inicio de Dezembro transforma as ruas centrais da vila em locais onde se revisita a memória colectiva de um povo que viveu outrora.
Muitos artesãos e " devotos" da Santa Bebiana aguardam ansiosos a abertura solene dos festejos, para já, no âmbito da programação deste verdadeiro acontecimento socio-cultural e promovendo uma abordagem sobre a temática do vinho mais pedagógica, a Casa do Povo local leva a efeito no sábado, dia 21 de Novembro /09 um colóquio na Casa Típica do Paul, pelas 20.30 horas.
Porque é que o vinho fica a azedo, fiadeiro ou gorduroso? Qual é o melhor procedimento para fazer um bom vinho?
São algumas das questões que o Enólogo João Ferraz, vai responder neste colóquio designado " Como fazer bom vinho".
Para os mais interessados, podem levar uma garrafa do vinho que produzem caseiramente para ser analisado sensorialmente.
Trata-se então de uma iniciativa, que traz novas perspectivas ao vinho produzido na região e em particular na vila do Paul.
Como para uma boa pinga, é necessário um bom acompanhamento, haverá para além da prova dos vinhos da região uns bons nacos de queijo e os enchidos a condizer. A não perder

Santa Bebiana já mexe

A Casa do Povo do Paul, está a preparar mais uma grande Festa da Santa Bebiana, na linha do que vem acontecendo com as festividades alusivas a este acontecimento.
Nos últimos anos a dimensão e projecção da Festa da Santa Bebiana ganhou novos contornos e durante três dias as ruas centrais da vila transfiguram-se, viajam no tempo e acolhem os “ devotos” e as diversas iniciativas desta “ sui generis” festa.
Não sendo ainda um programa definitivo, que pode eventualmente ser ou não alterado, o programa que tornamos publico, é bem a mostra do que está para acontecer de 4 a 6 Dezembro de 2009.
Aproveitem e divirtam-se.
Viva a Santa Bebiana.
PROGRAMA
SANTA BEBIANA – PAUL 2009
ARRAIAL À MODA ANTIGA
Sexta – feira - 4 de Dezembro

21.00 Horas – Abertura das tasquinhas e recepção à Santa Bebiana
Arruada com Bombos e Gaitas e Fanfarras
Teatro e Malabares de Fogo
22.30 Horas – Animação de rua e nas tasquinhas

Sábado – 5 de Dezembro
15.00 Horas – Abertura solene das tasquinhas
16. Horas: Workshops para as crianças “ A Magia dos Reciclos”
Animação de rua, Fanfarras, Míscaros, Fonte da Pipa, Foles da Beira, Fonte da PipaTutiscatraputis, Danças do Ventre

22.00 Horas – Procissão da Santa Bebiana
23.00 Horas - Sermão à Santa no largo da Praça com Pregador de fora
Animação de rua e nas tasquinhas com os grupos:
Fanfarra, Míscaros, Fonte da Pipa, Foles da Beira,
Tutiscatraputis, Danças do Ventre
Domingo – 6 de Dezembro
15.00 Horas – Abertura das tasquinhas
15.30 Horas – Arruadas com Bombos Gaitas e Adufes “As Danças e Contradanças”
16.00 Horas – Jogos Tradicionais nos Largos da Festa
Rancho Folclórico da Boidobra – Animação de rua
21.00 Horas – Concertinas, Gaitas, Violas, Bombos e Pífaros
22.00 Horas - Cantares ao desafio - Baile mandado - Animação no arraial
Cerimónia Solene: “Adeus ao Almude”
Encerramento com os grupos participantes

ORGANIZAÇÃO: CASA DO POVO DO PAUL

APOIOS: CÂMARA MUNICIPAL DA COVILHÃ, JUNTA DE FRUGUESIA DO PAUL, INATEL, IJP –
INSTITUTO PORTUGÛES DA JUVENTUDE, AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ENTRE RIBEIRAS PAUL
e RÁDIO COVA DA BEIRA
CONTACTOS: cppaul@sapo.pt - 275 961161

Adufeiras no lançamento do livro "O Personagem na Obra de José Marmelo e Silva"

O lançamento do livro “O Personagem na Obra de José Marmelo e Silva” editado por Arnaldo Saraiva e a musicalidade das Adufeiras da Casa do Povo do Paul, fizeram a simbiose de mais uma evocação deste escritor paulense no auditório da Biblioteca Central da UBI.
José Antunes Marmelo e Silva, nasceu no Paul a 7 de Maio de 1911. Estudou no seminário do Fundão de onde é expulso por umas graçolas feitas a umas raparigas, continua os estudos nas escolas secundárias da Covilhã e Castelo Branco, até que se licencia em Filologia Clássica, passando pelas universidades de Coimbra e de Lisboa. Acaba por fixar residência em Espinho, em cuja escola secundária leccionou e é aqui que em 11 de Outubro de 1991 morre deixando uma obra reconhecida por grandes vultos da literatura portuguesa.
A obra de Marmelo e Silva tem sido pouco divulgada mesmo depois da publicação da Obra Completa (Ed. Campo das Letras - 2002), na verdade não tem merecido ainda a atenção do público em geral e quase todos os seus livros continuam silenciados e esquecidos. Mas se existem escritores que nunca utilizaram a chamada "estratégia da glória", pode dizer-se que o autor de Depoimento (1939) pertence a um escasso número de verdadeiros criadores, não obstante este escritor paulense na sua conhecida divisa literária ter afirmado que, “não escrevia para vender livros, escrevia para os escrever”.
Quanto à evocação de José Marmelo e Silva que teve lugar no passado dia 15 de Outubro, teve como o pretexto a apresentação de um livro sobre este escritor paulense.
De facto, “O personagem na obra de José Marmelo e Silva” é o título do livro editado por Arnaldo Saraiva, na “Campo das Letras”, que foi apresentado na Covilhã, pelas 16 horas, no auditório da Biblioteca Central da UBI.
Esta iniciativa teve a sua abertura solene pelo reitor da UBI, professor João Queiroz, seguindo-se a apresentação da obra romanesca de Marmelo e Silva, por Arnaldo Saraiva, professor catedrático da Universidade do Porto. A palestra “Marmelo e Silva e a Beira”, esteve a cargo de Fernando Paulouro, director do Jornal do Fundão, já a apresentação do livro “O Personagem na Obra de José Marmelo e Silva” foi da responsabilidade de Cristina Vieira, professora auxiliar da UBI, sendo que, este livro reúne um conjunto de trabalhos de Celina Silva, Cristina Costa Vieira, João Camilo, Maria de Fátima Marinho, Paula Morão e Tânia Moreira. Ensaios que têm como objectivo, a caracterização das personagens presentes nas narrativas breves de Marmelo e Silva.
O canto e as musicas tradicionais da terra natal do escritor não podiam faltar nesta evocação, para tanto as Adufeiras da Casa do Povo do Paul, lá estiveram no Auditório da UBI onde puderam uma vez mais dar conta da sua capacidade de encantar todos os públicos com os temas do seu mais recente trabalho o CD/DVD “ Cantos da Terra”.
Este trabalho etnográfico, de reinterpretação dos cantares das gentes ligadas ao campo, às festas e romarias, origina novas linhas melódicas, donde sobressaem os sabores da tradição, originalidade e descontracção, sem perder o sabor ancestral das versões originais.
As Adufeiras da Casa do Povo do Paul, devidamente trajadas, interpretam e representam com toda a alma, o saber do nosso povo e a nossa identidade cultural, pondo em cena um repertório de grande qualidade, trabalhado criteriosamente e escolhido a partir das recolhas feitas, junto das gentes mais idóneas, que consegue entusiasmar muitas plateias como foi o caso desta actuação musical no lançamento do livro, “O personagem na obra de José Marmelo e Silva”.

Chícharada na rota do Rancho Folclórico

O Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul, participou no passado dia 5 de Outubro no VII Festival Gastronómico do Chícharo, na capital desta leguminosa em Alvaiázere.
No Blog oficial deste evento pode-se ler, “vulgarmente denominadas “xixaras” por quem os produz, esta leguminosa de implantação mundial, apresenta diferentes denominações nos países europeus, em Italia “cicerchia”, na França “gesse”, “platterbsen” na Alemanha e em Inglaterra “vetchlings”, Provavelmente proveniente do Médio Oriente, os gregos chamavam-lhe “lathyrus” e os romanos “circula”.
Tem sido uma leguminosa rodeada de algum estigma, visto ter sido associada a tempos de crise.
Cultiva-se desde épocas remotas nas suas duas valências, como planta forrageira ou como legume comestível. Em Portugal o seu cultivo incide especialmente no Alentejo e nas Beiras, talvez os “ratinhos” a tenham transportado de norte para sul ou vice-versa. O termo chícharo é também associado em algumas zonas do país e no Brasil a feijão-frade. Dá-se essencialmente em solos argilo - calcários, e suporta bem os solos secos e calcários. A sua cultura é feita de forma intercalar, entre oliveiras, figueiras e outras árvores de produção. É semeado a lanço, em linha ou rêgo, depois da terra estar alqueivada ou gradada. Tem um sabor suave é um óptimo acompanhamento de refeições, nas Terras de Sicó”.
Com efeito, fora dos grandes centros e das grandes vias rodoviárias, também existe vida e grandes dinâmicas locais. Em Alvaiázere há sete anos que se comemora o Chícharo num evento único, fruto da junção das vontades, saberes e vivências das gentes desta terra que em três dias amostram o que têm de melhor e o rei da festa o “ chícharo” está presente nos restaurantes, nas tasquinhas, de diferentes formas, das receitas tradicionais à culinária moderna, fazendo uma viagem gastronómica pelas históricas migas, o sufflé passando pelos rissóis, tartes e licor de chícharo. Um mundo de sabores e paladares em que a tradicional chanfana, o típico leitão desta região os carapaus albardados, as petingas o bacalhau e o peixe de rio se conjugam com oexcelente azeite local constituindo uma especificidade única.
Na verdade a edição deste ano teve Exposições, Colóquios, Encontro de Coros, Lançamento de Livros, Mercado de Produtos Tradicionais, Feira de Artesanato, Mercado do Livro, Oficinas, Espectáculo de Dança, Animação de Rua, Bandas Filarmónicas, Lanche de Chícharo e Vinho Grátis (dia 5), Visitas Guiadas, Jogo com as Antigas Glórias do Benfica, Passeio de Clássicos, Passeio Todo o Terreno e a actuação do Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul no pavilhão multiusos.
Quanto ao desempenho do grupo paulense, uma vez mais levou o publico presente a exigir a repetição de alguns temas, de uma actuação que teve três partes distintas: bombos e gaitas, canto e dança.
Para muitos populares a diferença é a marca do grupo paulense, “ estamos habituados a ver muitos ranchos, mas o vosso é bem diferente. Tem várias formas de se apresentar e musicas muito apelativas, para além da extraordinária dinâmica que apresenta em palco” . Sublinhava um responsável da organização que no final propiciou à comitiva paulense a prova da famosa leguminosa numa chícharada à taça, onde a feijoada e a migas com bacalhau foram confeccionados à mistura com o chícharo.

Rancho Folclórico na Festa do Avante 2009

No Palco Arraial da Festa do Avante, no fim-de-semana de 4, 5 e 6 de Setembro /09, passaram mais de duas dezenas de grupos e ranchos folclóricos de todo o país, entre os quais, se encontrava o Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul.

De facto, a convite da organização da Festa do Avante, o grupo paulense actuou no palco referido pelas 16 horas de sábado 5.

O calor intenso não foi suficiente para arredar o público que enchia o largo defronte do Palco Arraial, sendo muito dele, pessoas da região da Beira Baixa e paulenses, que quiseram dar o seu aplauso ao embaixador cultural da região nesta festa.


Quase durante uma hora, os bombos primeiro, depois os adufes e por fim todos em simultâneo, fizeram parte da actuação do Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul, que uma vez mais aos poucos galvanizou a assistência que não se coibiu de participar activamente no desempenho do grupo beirão.

Na verdade, para além dos comentários de agrado que registámos ao vivo quanto ao desempenho do Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul, via e-mail um espectador de nome José Santos, é bem claro," conheci o vosso trabalho durante a Festa do Avante, no passado fim de semana, e digo-vos que aqui estou, cheio de vergonha desta minha falha, por não ter sabido da vossa existência há mais tempo.

Eu também sou músico, e por ter participado na Festa deste ano, soube do vosso trabalho.

E que trabalho!!!Pela técnica, pelo empenho e sobretudo pela atitude dos vossos artistas, o meu Bem Hajam pela vossa contribuição na cultura deste País".

Quanto ao resto a comitiva paulense, que almoçou na delegação de Viseu, aproveitou a oportunidade e visitou a festa e ainda assistiu a alguns espectáculos depois de fazer uma viagem gastronómica em termos regionais já que foi na delegação de Beja que teve oportunidade de jantar.

Adufeiras na SIC ao Vivo

A convite da produção do SIC ao Vivo, que no dia 2 de Setembro /09, foi transmitido em directo desde a Piscina -Praia na Covilhã, as Adufeiras da Casa do Povo do Paul, actuaram neste programa que a SIC tem realizado por todo o país.

Com efeito, SIC ao Vivo com Merche Romero, Nuno Graciano, Ana Rita Clara, José Figueiras, Liliana Campos, João Manzarra, Vanessa Oliveira, Nuno Eiró, Raquel Strada, Iva Lamarão e Rui Pego tem dado cor ao Verão.

O programa que decorreu desde as 11 até 19.00 horas, foi conduzido na parte da manhã pela Merche Romero, Nuno Graciano e Ana Rita Clara, que estiveram à conversa durante o directo das Adufeiras com este grupo paulense, sendo que, a irrequieta Merche Romero fez questão de pegar no Adufe e “ arrancar alguns acordes” e ainda jogar o jogo das pedrinhas com os elementos mais novos das Adufeiras, enquanto Nuno Graciano, sentado no chão ia acompanhando a “ batida” das pedras da ribeira de maior dimensão tocadas justamente ao nível do solo.

Pouco passava do meio-dia quando a abrir a segunda parte da SIC ao Vivo as Adufeiras da Casa do Povo do Paul, começaram a interpretar os dois temas escolhidos para este programa: “ O Linho” e as “ Pedrinhas”, dando assim mais um passo significativo na afirmação do seu projecto que ganha cada vez mais notoriedade, reforçada também com o lançamento do seu primeiro DVD “ Cantos da Terra”.

Rancho nos 50 anos da Fundação Mário da Cunha Brito em São Pedro de Alba

Inaugurada a 31 de Maio de 1959 a Fundação Mário da Cunha Brito, sedeada em São Pedro de Alba, está este ano a comemorar o seu cinquentenário.
Este terá sido um dos motivos do convite para o Rancho Folclórico Casa do Povo do Paul, actuar no passado dia 9 de Agosto/09, no largo que existe no exterior desta Fundação, outro motivo certamente tem haver com uma paulense aqui trabalhar há mais de uma década como animadora social de seu nome Teresa Rato, que ajudou na escolha do grupo paulense.
A Fundação, tem como população alvo famílias com idosos e/ou dependentes e famílias com crianças, na actualidade, a resposta existente passa por um Lar de Idosos, Centro de Dia, Apoio Domiciliário,
Gabinete de Acção Social e Centro de Fisioterapia.
Com uma obra desta ainda em crescimento e já com cinquenta anos de existência a Fundação Mário da Cunha Brito, tem motivos para comemorar e durante este ano está a realizar algumas iniciativas, entre as quais, incluiu a vinda do Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul, que pese embora, ter-se deslocado a São Pedro de Alba, com uma delegação que nem chegava à vintena fez uma actuação sóbria, sem sobressaltos e de mérito.
De facto, num palco montado para o efeito, defronte do edifício da Fundação, onde os seus utentes já estavam instalados e que constituíam um
publico muito especial já no Outono da vida, o rancho paulense evoluiu durante uma hora e um quarto, viajando por um reportório variado, protagonizado de forma individual e em conjunto pelas Adufeiras e Bombos, sem esquecer os bailarinos/as que sendo poucos estiveram em todas.
A prestação do Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul, conseguiu entusiasmar os idosos e restante público já que o espectáculo era também aberto à população em geral, o mesmo acontecendo a Teresa Rato e aos responsáveis da Fundação.
No final a organização serviu um arroz de carne que soube a “ ginjas”, antes nos corredores da Fundação, os idosos ainda visivelmente eufóricos iam agradecendo os momentos que o rancho paulense lhes proporcionou.

Bombos ao alto no Largo da Casa Típica

A Casa do Povo do Paul, no âmbito das suas funções e dos objectivos que preconiza, realizou no passado dia 8 de Agosto/09, um Concurso intitulado “ Vem Levantar O Bombo Se è Capaz”.
Tratou-se de uma iniciativa que teve lugar no Largo da Casa Típica,
que acabou por se compor quanto ao público que presenciou este “ sui generis concurso”.
A adesão dos concorrentes não foi muito significativa o que obrigou a organização a não emparelhar os participantes em função dos escalões de idades. Recorde-se que estavam previstos dois escalões: seniores dos 15 aos 39 anos e veteranos a partir dos 40 anos.
Afonso, o jovem tocador de Bombo do grupo da Casa do Povo, foi o “ campeão” com cento e quatro batimentos com a moca no bombo levantado acima do ombro, deixando a concorrência toda para trás.
Refira-se a propósito que o apuramento dos vencedores era feito de acordo com a seguinte metodologia: os concorrentes estariam em prova até
conseguirem levantar o Bombo apurando-se os lugares da tabela classificativa em função das desistências, sendo que, o vencedor era o ultimo que ficasse a levantar o Bombo.
No final houve prémios para todos, mas o que importa realçar é a oportunidade de passar uns momentos bem passados e isto já teria valido a pena, mas para além disso, conseguiu-se ainda a promoção deste tradicional instrumento de percussão e proporcionar uma jornada de confraternização entre todos os paulenses, entre os quais, se encontravam muitos emigrantes que quiserem participar ou assistir à 1ª edição deste original concurso, a revelar potencial para se tornar uma boa iniciativa no calendário de actividades da Casa do Povo do Paul.

Adufeiras no Andanças

O Festival de Musicas e Danças Populares – Andanças, é um palco privilegiado para uma aprendizagem cultural ilimitada transbordando para diversas áreas. As Adufeiras do Paul, marcaram presença neste acontecimento único, onde não se vai ver, vai-se fazer.
De acordo com, a organização da responsabilidade da Associação Para a Promoção da Musica e Dança – Pédexumbo, sedeada em Évora, que este ano realizou a décima quarta edição do Andanças, a preocupação é cada vez mais, incentivar a troca cultural: “do festival para fora e de fora para o festival”, à qual se alia uma preocupação ecológica, mas também social que entre os dias três e nove de Agosto/09, fez do recinto na freguesia
de Carvalhais no concelho de São Pedro do Sul, um espaço comum mais rico para todos.
Um espaço também enriquecido pelo contributo de gente do Paul, que esteve na rota dos Andanças como foi o caso das mulheres que manejam o adufe como poucas em representação da Casa do Povo local.
No recato da igreja de Carvalhais, onde aconteceram muitas oficinas de danças e concertos as Adufeiras do Paul, mostraram como se maneja o Adufe e como se dança ao seu toque com a emblemática cantiga “ Farrapeira”.
Referira-se que, ver-se uma igreja habitualmente reservada ao culto religioso, cheia de pessoas de todas as idades, ávidas para aprender a tocar Adufe, não é um cenário de todos os dias, só possível no Andanças onde a mente se liberta e todos participam sem reservas, tal como a Leonor Narciso, que orientou as oficinas do toque e da dança com este instrumento de percussão que maneja como ninguém.
Para terminar a sua participação as Adufeiras da Casa do Povo do Paul, realizaram uma pequena actuação que não foi mais do que um pequeno enxerto do seu último trabalho “ Cantos da Terra”.
Quem estava na plateia e visivelmente satisfeito com o trabalho das Adufeiras era o etno – musicólogo Domingues Morais, “ esta é uma participação de grande qualidade. Sabem transmitir muito bem este conhecimento sobre a música popular, por isso os jovens estavam aqui em grande número porque sentiam a verdade deste tipo de cultura. Este ano Michel Giacometti se fosse vivo faria oitenta anos, aquilo que aqui se passou é um bom exemplo do que ele defendeu para a música tradicional portuguesa.” Asseverou à nossa reportagem.
Também a opinião dos que participaram nestas oficinas de toque e dança com adufe era a melhor a começar pelas próprias adufeiras, principalmente, as mais jovens visivelmente satisfeitas.
“ Temos de aproveitar esta semana no Andanças para aprendermos o máximo de danças, por acaso esta da Farrapeira, é um tanto ó quanto difícil mas gostei de aprender a dança-la ao toque do adufe que adoro”.Confessava-nos a Joana uma jovem lisboeta a revelar-se uma boa aprendiz.
Por outro lado, a avaliar pela forma calorosa como o público que enchia a igreja se manifestou no final do concerto do grupo paulense, só pode considerar-se uma grande jornada a favor das virtudes deste instrumento tradicional de percussão e um grande contributo para a promoção e a defesa da nossa cultura, que foi dado pelas Adufeiras da Casa do Povo do Paul no Andanças 2009.

“Cantos e Sons da Terra” na Festa da Vila

Música tradicional e ligeira, exposições, artesanato, tasquinhas de “ comes e bebes”, o encontro dos amigos e dos afectos foram os ingredientes da Festa da Vila, que teve lugar de 31 de Julho a 2 de Agosto/09.

Esta iniciativa de verão contou a participação dos grupos tradicionais da terra, da filarmónica paulense, das colectividades representadas no recinto da festa demonstrando que afinal o associativismo local está vivo.

No Domingo, 2 de Agosto, as intervenções musicais estiveram a cargo da Casa do Povo do Paul , Grupo A
qu`Alma e do organista Jorge Beirão, encarregado de animar o baile para os mais resistentes.
Quanto à Casa do Povo antes de actuar no recinto da festa desfilou pelas ruas da freguesia levando até ao Largo da Praça a sua sonoridade.

Já no Largo do Mercado apresentou pela primeira vez no Paul, o seu mais recente espectáculo “ Cantos e Sons da Terra”, que andou em digressão por terras gaulesas nos dois últimos anos, conseguindo surpreender o publico com esta abordagem transgressora, sonora e visual, das tradições perdidas no
tempo, emergindo o potencial das danças e a sonoridade ora, harmoniosa dos adufes e pedrinhas, ora, pujante dos bombos, caixas, gaita – de – foles e pífaro.
O público em grande número interagiu com este espectáculo e dispensou um forte aplauso ao desempenho dos elementos do Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul.

Alguns populares não se furtavam a comentar,” a Casa do Povo consegue sempre nos surpreender. O ano passado fez aqui um festival com um figurino diferente e o próprio espectáculo que apresentou
surpreendeu pela inovação. Agora este ano apresenta outro espectáculo onde se misturam as sonoridades e muito bonito. Percebe-se agora que os franceses tenham gostado dele porque de facto é de boa qualidade”. Frisaram os interpelados.

Na verdade, apesar de algum nervosismo de quem sabia da responsabilidade de por em cena em estreia absoluta na vila do Paul o musical “ Cantos e Sons da Terra”, a actuação foi sóbria e convincente, demonstrando-se uma vez mais o grande potencial que os paulenses têm quando defendem a cultura tradicional da sua terra.

Sonoridade portuguesa surpreende no festival de Ambert

O Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul em representação de Portugal, deixou bem marcada a sua passagem por terras gaulesas. A sonoridade que apresentou não deixou ninguém indiferente. O Festival de Ambert – França, promoveu a ronda dos grupos participantes pelas localidades desta região francesa. Muito trabalho, pouco descanso e uma grande resposta do grupo português são notas de destaque.
Uma população envelhecida, fechada, pouco dada a climas festivos, o frio, a sobrecarga de trabalho com uma deficiente gestão dos tempos de descanso, não foram suficientes para quebrar a garra e o empenho do Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul, que representou Portugal, no Festival de Ambert - França intitulado “Le Ronde des Copains du Monde”, sob a égide do “Conselho Internacional das Organizações de Festivais de Folclore e Artes Tradicionais” – CIOFF.
De facto, quando a delegação portuguesa no passado dia 13 de Julho, chegou a Ambert estava longe de pensar que iria ter pela frente uma maratona de animações e actuações em diversas localidades francesas. Na verdade, logo na noite da chegada o grupo paulense teve de realizar um enorme desfile pelas ruas de Ambert até ao local onde uma multidão assistiu ao fogo de artificio, começava aqui uma “ ronda” de extrema exigência física que obrigou o grupo português bater-se galhardamente pela dignidade do folclore da sua região e do seu país, apesar do esforço quase desumano que lhe foi solicitado em alguns dias da sua estadia na França.
Ambert, é uma cidade que outrora tinha nos objectos religiosos uma das suas principais áreas produtivas, agora tem uma grande industria de cablagem eléctrica e outra de medicamentos, depois são pequenas empresas ligadas aos vários sectores produtivos, mas o que se estranha e não se entranha é o aparente “ divorcio” entre a sua população e a realização deste grande acontecimento cultural que já vai na vigésima edição. A poucos quilómetros de Clemont Ferrand e de Lyon, esta localidade francesa está em zona montanhosa rodeada de intenso e verdejante arvoredo, tal como na Pousada da Juventude em St. Martin des Olmes, onde ficou alojada a delegação portuguesa a escassos cinco quilómetros de Ambert. O tempo é bastante chuvoso e frio, tal como as pessoas que não partilham emoções com os forasteiros, daí que a festa esteve sempre limitada às próprias delegações dos países participantes, nomeadamente: Irlanda, Colômbia, Guadalupe, Paraguai, Servia, Polónia Rússia, Kénia, Bolívia, Suíça e claro está Portugal, pese embora, estarem todos alojados em locais diferentes e não terem muito tempo para o lazer.
Da frieza de uns à alegria da formação lusitana
Objectivamente, a lógica empresarial dos organizadores do festival levou à mercantilização do folclore com os grupos a serem “usados e abusados” em animações e espectáculos pagos à organização, sem esta acautelar minimamente tempos de descanso e a própria segurança das pessoas. De acordo, com os responsáveis do festival esta estratégia de funcionamento deriva da crise económica internacional e da dificuldade de por de pé este evento que custa cerca de duzentos mil euros e envolve quase uma centena de voluntários, entre os quais, se encontravam alguns guias desprovidos de sensibilidade para serem interlocutores dos grupos, chegando mesmo a registarem-se atitudes “ frias e autocráticas” provocando o desagrado dos folcloristas de forma generalizada.
Mas, o grupo português apesar de esta contingência esteve sempre no seu melhor, quer logo pela manhã quando era escalado para animar clínicas e lares para idosos, muitos deles com doenças incapacitantes e degenerativas, quer quando andou pelas ruas e pelo mercado semanal que tem lugar às quintas-feiras em Ambert.
Sempre bem dispostos os portugueses onde chegavam faziam a diferença e a festa acontecia, nos espectáculos em palco assumiam uma postura de amadores com grande profissionalismo.
Com efeito, no que concerne ao desempenho do grupo português nesta jornada além fronteiras importa referir alguns momentos a destacar, desde logo o desfile das nações que abriu o festival na quarta-feira 16 de Julho, com o Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul, a encerrar a apresentação dos grupos com uma dinâmica quer nas danças, quer na sonoridade dos bombos , gaitas-de-foles e adufes, que “ obrigava” o público a interagir e a incentivar a formação lusitana.
O desfile terminou no edifício da Câmara de Ambert, cuja arquitectura distingue-se das outras, justamente, porque é totalmente redondo e com arcadas com a mesma geometria cheias de gente a aplaudir a passagem das formações de cada país que subiram até á nave central do edifício camarário para ai ter lugar a cerimonia oficial de boas-vindas e troca de lembranças.
À noite no Jardim Publico, no espectáculo “ Horizontes do Mundo” os países fizeram a sua apresentação em palco com uma pequena actuação, precedendo a abertura colectiva com um par de cada país participante a anunciar o seu lema para o festival, sendo que, Portugal escolheu a frase “ todos diferentes todos iguais”.
“Cantos e Sons da Terra” arrebata público
Logo no dia seguinte, no Centro Multicultural de Arlanc, uma localidade situada na periferia de Ambert, o grupo paulense protagonizou outro momento delicioso com a animação para as crianças que cantaram, participaram em jogos de infância e tocaram os instrumentos do grupo. Nesta altura, num clima bem disposto e meramente informal o grupo que precisava de recarregar as “ baterias” (físicas e psicológicas) trocou de identidades com os homens a tocar adufe e as mulheres os bombos, originando um momento inesquecível de diversão para todos.
A partir de sexta-feira 17 o grupo português desdobrou-se em actuações em Feurs e Riom es Montagne, Nesta ultima localidade, a mais de cento e cinquenta quilómetros de Ambert e em plena montanha oito grupos participantes do festival “ Le Ronde des Copains du Monde”, entre os quais o português, deram corpo à vigésima quarta edição do “ Festival de Musica Sem fronteiras de Riom es Montagne”. Era o “dois em um” que a organização tinha reservado para os participantes deste “ sui generis” festival de Ambert.
No domingo 19 de Julho, teve lugar o encerramento do Festival de Ambert com a “Noite Privilégio” na magnífica Salle de la Scierie, cabendo a Portugal, Polónia, Paraguai e Kénia esta missão. A delegação portuguesa nesta altura já muito cansada fez um apelo à sua debilitada reserva de forças e arrancou uma grande exibição que levou o presidente do festival Patrick Pascal, a dirigir-se aos responsáveis do grupo felicitando-os pela qualidade do espectáculo intitulado “ Cantos e Sons da Terra”.
Terminado o festival nos dias seguintes (segunda-feira 20 e terça-feira 21) o Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul, actuou ainda em Saint - Férreol des Cotes e Marsac- en - Livradois respectivamente, terminando uma missão difícil mas cumprida com brio e dignidade, deixando em terras gaulesas o nome de Portugal bem marcado no imaginário colectivo das populações por onde passou.


O festival visto pelos outros
Durante dias recolhemos diversas opiniões sobre o festival e o desempenho do grupo português, eis o que eles disseram:
Este ano o festival está a comemorar vinte anos e tem mais grupos todos de boa qualidade. Os portugueses são muito festivos e alegres. Onde chegam de imediato a sua presença é notada por estas características. Quanto á sua sonoridade é muito apelativa e forte. Em conversa com outros colegas consideramos que é dos melhores grupos que aqui estão este ano”.
Aureli – Guia do grupo português.

Gostei muito grupo de Portugal o meu pais que está sempre no meu coração. Foram muito gentis quando fora do programa fizeram uma pequena demonstração no parque de campismo “Le Sedour” onde sou a gerente. Obrigado Portugal”.
Teresa Pereira – Emigrante há 38 anos natural de Chaves

“Este festival não cumpriu um dos objectivos do CIOFF a promoção da paz e da cultura entre os povos, foi muito desgastante para os grupos. Quanto ao grupo português é de muita boa qualidade. Defende a cultura tradicional do seu país e consegue introduzir nos seus espectáculos alguma inovação sem descaracterizar a tradição. Foi uma surpresa muito agradável ver o grupo de Portugal”.
Mário Garcia – Director técnico do Paraguai; Delegado do CIOFF do Paraguai e Representante do CIOFF do Sector da América Latina

“ Dos grupos que aqui estão em Riom es Montagne a participar no “Festival de Musica Sem Fronteiras” o grupo português conseguiu atrair mais gente nas ruas. O seu espectáculo é muito bonito e com uma grande sonoridade conseguida através dos seus tambores. Quero agradecer a Portugal ter vindo dado um pouco da sua cultura aqui a Riom es Montagne”
Stéphane Antignac – Adjunto do Presidente de Câmara de Riom es Montagne

O festival de Ambert é de boa qualidade técnica. A música da Bolívia também se identifica com a de Portugal. O grupo português é muito dinâmico e alegre nas suas actuações”. Não deixa ninguém indiferente quando passa. Muito bem”.
Mário Conde – Director Técnico da Bolívia

“Foi uma emoção muito grande ouvir as canções da minha região. Quando soubemos que vinha aqui um grupo de Portugal e logo do Paul foi um alvoroço e para nós portugueses foi uma alegria enorme. O Rancho do Paul esteve muito bem e aqui os franceses de Saint – Férreol des Cotes gostaram muito espectáculo”.
Leonor e Joaquim Rato – um casal de emigrantes há 40 anos, naturais da Covilhã

“Foi a primeira vez que vim com o Rancho do Paul ao estrangeiro gostei muito de estar aqui na França com os meus colegas. Gostava de vir mais vezes a estes festivais”.
Nelson – um dos elementos mais novos e estreante da delegação portuguesa

“Vi o espectáculo em Feurs a setenta quilómetros de Ambert e vim agora ao encerramento do festival a ver novamente o espectáculo de Portugal, estou encantada com o grupo do meu país. Tem uma grande qualidade que ainda agora no espectáculo final ficou comprovada.”
Fátima Botelho – Emigrante portuguesa dos Açores

“O espectáculo “Cantos e Sons da Terra” funcionou muito bem. Penso até que, as pessoas que fazem este espectáculo não sendo profissionais fazem um trabalho de boa qualidade podendo mesmo trabalhar-se com elas tendo em visto a melhoria do espectáculo. A crítica que ouvimos foi muito positiva e deixou-me bastante satisfeito.
Aliando a tradição com a inovação é possível construir-se um espectáculo de sucesso principalmente aqui neste circuito estrangeiro. Por isso o balanço que faço é muito positivo”.
António José Duarte – Director Técnico do grupo de Portugal

“A estratégia que montamos ao fazer esta ronda com os grupos pelas localidades da região de Ambert deve-se ás dificuldades económicas e à própria crise internacional, o festival de Ambert tem um custo muito elevado (200 000 €), só assim é possível a sua realização. Sabemos que os grupos trabalham muito, por isso, tentamos gerir o descanso dos mesmos. Fizemos o que nos foi possível. O balanço que faço deste festival é muito bom e estou muito satisfeito com a globalidade dos grupos. Na verdade, os grupos que participaram nele são de todos de boa qualidade. Quanto ao grupo de Portugal, teve uma prestação extraordinária e fez a diferença pela defesa da tradição. È um grupo purista, genuíno mas com uma sonoridade inovadora. Quero destacar a sua dinâmica, a sua expressão facial, a alegria, o sentimento e a cumplicidade intergeracional com que actua. È um grupo de bom nível e de qualidade que tem uma cultura festiva talvez um pouco “intensa” de mais para a população de Ambert, muito envelhecida e recatada”.
Patrick Pascal – Presidente do Festival de Ambert

“ Para além do cansaço físico estamos de consciência tranquila ao cumprimos a nossa missão de representar a cultura da nossa região e do nosso país de forma digna e empenhada.
Fizemos o nosso melhor como sempre, daí que, nas diversas localidades onde actuamos sentimos o melhor acolhimento e uma boa adesão do público, principalmente, dos portugueses que nos dispensaram o seu calor humano tão reconfortante nesta região tão fria, quer no clima, quer na expressividade das suas populações, não obstante, haver honrosas excepções, desde logo, cito os responsáveis da pousada onde estivemos alojados um bom exemplo da excepção, entre outros.
Resta-me agradecer a todos os elementos do Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul, a forma abnegada e exemplar que demonstraram no cumprimento de mais esta digressão que uma vez mais honrou Portugal.”
Leonor Narciso – Chefe da Delegação Portuguesa; Presidente da Direcção da Casa do Povo do Paul
" Fonte Inforpaulense"