SANTA BEBIANA – 2011 / ARRAIAL Á MODA ANTIGA

A vila do Paul, de 2 a 4 de Dezembro de 2011, volta acolher o arraial à moda antiga da Santa Bebiana. As ruas centrais vão ser palco privilegiado de bailias e folias, mercadores, artesãos, teatro de rua, oficinas artísticas, boa gastronomia, tocadores de gaitas de -foles e pífaros acompanhados pela percussão, entre outros instrumentos e protagonistas destacando-se a participação especial da companhia Vivart no programa da Santa Bebiana – 2011 / Arraial à Moda Antiga.

Na verdade, a festa da Santa Bebiana nesta vila é a padroeira do vinho e está desde tempos remotos ligada aos festejos dos pastores e agricultores, durante o mês de Dezembro.

Dizem os mais idosos, que outrora os pastores andavam com o gado nos vales do Paul e arredores, colocavam os chocalhos na cintura e juntos com os ganhões festejavam junto das pipas de vinho, esta profecia. Após a ronda por todos os pipos, faziam uma grande ceia, onde o mais atrevido pregava o sermão para os “irmãos” e rezava-se o Pai Nosso dos Bêbedos.

Objectivamente, repor esta referência cultural da vila depois de um longo interregno, foi ou melhor, continua a ser uma aposta da Casa do Povo do Paul, visando por um lado, recuperar a tradição e por outro, incutir nos mais jovens a problemática excessiva do álcool.

Para além de todo o povo poder integrar a procissão chocalheira e o sermão à Santa no Largo da Praça com Pregador, tem também uma oferta gastronómica, este ano enriquecida com jantar bebiano á moda antiga no sábado 3 de Dezembro com a chanfana, batata pão e vinho. Artesanato e animação de rua são outras ofertas disponíveis, mas a procissão e o sermão são quadros ímpares.

À frente o estandarte, logo seguido pelos confrades todos de archote em punho. O surreal ganha forma e emerge no cortejo que tem ainda na sua composição outros elementos a fazer soltar as gargalhadas dos populares. Uma das figuras de proa é o burro atrelado à carroça transportando um pipo de vinho com o objectivo de saciar a sede dos populares e dos “crentes” devidamente trajados com a “opa de serapilheira” e sempre atentos à “pregação” do orador que se acoita num “majestoso” palium feito também de serapilheira.

Já quanto ao “sermão” é muito intenso e de grande fervor, com momentos verdadeiramente hilariantes.

As tasquinhas, onde a comida e a bebida, não falta, mas na verdade quem ganha é a famosa jeropiga e assume o estatuto da estrela das noites bebianas.